O prédio da reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foi invadido no final da noite de ontem por um grupo de 150 estudantes. Eles protestam contra projeto de reestruturação da universidade.
Policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PM de São Paulo foram chamados ao local para tentar negociar com os alunos. Não houve diálogo. Alguns PMs permaneceram no local.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela administração da universidade no 23º Distrito Policial (Perdizes), para pedir a reintegração de posse do prédio, segundo a rádio Jovem Pan.
Confira a íntegra de nota divulgada pelos estudantes:Ocupamos a Reitoria nesta noite como forma de protesto pela maneira com a qual o Redesenho Institucional, demissões e bolsas vem sendo tratadas nesta universidade. O verticalismo burocrático tem mantido toda a comunidade puquiana à margem de um dos mais importantes processos pelo qual essa universidade já passou. Nós, os estudantes, seguidamente pagamos o pato das políticas desastradas da gerontocracia universitária. Basta! Não aceitaremos a intervenção da tropa de choque neste ato político, como é costume dos poderosos da burocracia universitária. Basta! Não ficaremos calados, conforme é a vontade dos de cima. Basta! Democracia se faz de forma direta, sem conselhos de fantoches, sorrisos e bocas. Basta de laboratórios picaretas e mensalidades altas. Realmente, do alto do castelo, a vista é linda.
Quem sabe o que é o Redesenho? Estamos aqui para debater com cada estudante, de portas abertas, para construir opiniões e consensos. Sim, a Reitoria da PUC-SP não é mais um claustro, à mando da Santíssima Trindade (Pai, Cúria, Bradesco Santo).
O movimento estudantil da PUC não consentirá com tais medidas arbitrárias. Propomos pelo momento:- Só haverá negociação mediante o resultado das assembléias de curso e com a garantia de não haver nenhuma forma de repressão tanto pela Graber quanto pela polícia.- Anulação do Processo de Redesenho Institucional. Por um processo realmente democrático, construído pela comunidade.- Pela revogação da atual política de bolsas que impede os primeiranistas de terem acesso à universidade. Queremos bolsas que atendam as reais necessidades dos estudantes e que a abertura deste novo edital se dê mediante à participação dos estudantes.- Nenhuma demissão de professores e funcionários. Chega de demissões! - Nenhuma punição aos estudantes ocupados. Choque então, nem pensar. - Solidariedade as demais ocupações em todo o Brasil. A nossa luta é uma só!
Amanhã acontecerão assembléias por toda a universidade para discutir as demandas especificas de cada curso frente ao processo de Redesenho.
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